O ano de 2024 marcou o 50º aniversário da chegada da democracia a Portugal, um processo em que a cultura foi fundamental através da literatura, do cinema, do teatro, das artes plásticas e da música. Em Espanha, o caminho para a democracia começou alguns anos mais tarde, influenciado pelo ar de liberdade que vinha do país vizinho.

Por isso, na Cimeira Luso-Espanhola de Lanzarote, em 2023, foi acordado entre os governos dos dois países desenvolver um programa intercultural que não só comemorasse a efeméride, mas também explorasse o papel das artes e da cultura como instrumento de promoção dos direitos humanos e da liberdade.

Assim nasceu a iniciativa "Portugal - Espanha. 50 anos de cultura e democracia“, com base em programas culturais conjuntos já existentes, como o ”Programa Cultural Transfronteiriço“, ou as séries de actividades que cada país realiza no país vizinho, ”Cultura Portugal“ e ”Mostra Espanha".

O programa apresentado não é apenas o resultado da colaboração entre os dois países e os respectivos Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros. Envolve muitos mais actores, tanto da administração pública como da sociedade civil, reflectindo as excelentes relações entre os dois territórios.

Através de exposições temporárias, concertos, teatro, ciclos de cinema e conversas literárias, "Portugal - Espanha. 50 anos de cultura e democracia" pretende aproximar os cidadãos da relevância dos processos políticos, sociais e culturais que tiveram lugar na Península Ibérica durante a década de 1970 e que conduziram ao fim dos regimes ditatoriais que governavam ambos os países para dar lugar à democracia.

A exposição Ventos do Povo. Das Revoluções e Transições Ibéricas (1974-1977), para a qual o CD25A contribuiu com documentos fotográficos pertencentes ao Fundo de Arquivo de Alexandre Alves Costa, apresenta setenta fotografias que documentam os anos de transição democrática em Portugal e Espanha, com imagens que, pela primeira vez, dialogam de ambos os lados da fronteira. Através de cinco secções temáticas - Hoje tudo começa, O povo na rua, Do centro para a periferia, Liberdade de expressão e A revolução dos corpos - a exposição oferece um olhar visual sobre as mobilizações sociais, a recuperação do espaço público e a transformação dos imaginários políticos.

Obras de Alexandre Alves Costa, Alécio de Andrade, Guillermo Armengol, Manel Armengol, Pilar Aymerich, Carlos Bosch, Henri Bureau, Augusto Cabrita, Xosé Castro, Gustavo Catalán, Colita, Peter Collis, Nuno Félix da Costa, Demetrio E. Brisset, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira, Paco Elvira e Paco Elvira. Brisset, Paco Elvira, Pepe Encinas, Antonio Gabriel, Eduardo Gageiro, Carlos Gil, César Lucas, Inácio Ludgero, Rui Martins, Pablo L. Monasor, Andrés Palomino, Albano Pereira, José Carlos Pereira, José Carlos Pratas, Guy Le Querrec, Benito Román, Francesc Simó, Ernesto de Sousa, Anna Turbau e Luis Vasconcelos.